Muitas sensações diferentes ao voltar aqui. Engraçado que mesmo depois de 12 anos ...(pausa para esse impacto do tempo)... algumas coisas não mudam, Pensei inúmeras vezes em escrever, precisei é a palavra certa. Cheguei a rascunhar várias coisas em um word, tipo um vomito mesmo (inclusive talvez eu coloque aqui).
Foi engraçado ler a carta que fiz pra mim mesma de 2015, e 2015 já um passado até que distante. A questão do tempo sempre foi uma questão para mim, ainda não me cai bem. Taí uma coisa que achei que a maturidade traria.
Não gostei da forma que eu escrevia, rolou um pouco de vergonha, mas ao mesmo tempo uma felicidade por ter registrado algumas coisas, e foi isso que deu vontade de escrever novamente.
Quantas neuras, pensamentos, conclusões não cheguei durante esses anos, eu realmente não tinha dimensão do que eu viveria, e que bom que eu não achava que saberia.
Está sendo uma caminhada muito boa, muito feliz, acho que a Mariana de 2012 ficaria bem aliviada de poder ler esse post. Mas ai com certeza eu não teria feito esse caminho, ai que está a graça (bem sem graça por sinal).
Eu me lembro de ter muito pavor do que me esperava, que bom que o pior realmente ficou em 2006...
Não vou também fazer a sonsa e esquecer dos martírios que a vida de CLT (e a insistência em permanecer nela) me deu, 2016 e 2019 que o digam. Acredito que berei o limite da minha saúde mental, me sentia olhando o precipício as vezes e não sabendo por onde ir se não pular ou voltar. Passei alguns finais de semana anestesiada, eu não sentia nada, ou sentia profunda tristeza. E ai acordava o dia seguinte ignorando tudo e indo pro ponto de ônibus mais uma vez. Para mim foi como uma prisão, ao mesmo tempo era o meu sustento, tudo muito conflituoso dentro de mim.
Ao mesmo tempo, passado essa situação, eu vejo que abrir esse mapa foi bem doloroso, mas hoje me deu ferramentas muito importantes. Eu tinha medo de ter me tornado aquela pessoa, que essa era a adulta em que eu tinha me tornado. Hoje é um alívio ver que tudo me incomodava porque justamento eu não sou aquilo, e estou novamente me sentindo viva e conquistei o trabalho que tanto sonhei.
Por quase 4 anos eu repetia para mim mesmo que o meu dia ia chegar, o problema é que 4 anos é muito tempo para continuar acreditando nisso... mas ele chegou mesmo. QUERIA MUITO TER RECEBIDO ESSE POST EM 08/06/20 SEM OR, foi o dia que a última gota de esperança se foi, d e s n o r t e a d a eu estava.
Aquém as questões profissionais, todos as pessoas mais importantes da minha vida se mantiveram nela, esse foi sem dúvida a razão de eu ter sido feliz e ter suportado melhor as adversidades.
CARA eu fui morar com meu namorado, a Mariana de antigamente daria xilique que eu não fui morar sozinha antes. GERAÇÃO Y NÃO TEM NADA NÃO FIA, NÃO TEM CASA FILHO CARRO COM 25, MEU NIVER DE 28 AINDA FOI DOGÃO EM CASA KKKK AMO
Não só fui morar com o namorado, como foi um kitnet mobiliada e você ainda contava as moedinhas para comprar pão francês (e você preferia comer do que pegar ônibus, sério melhore), foi um experimento social interessante.
Continua nos próximos capítulos....
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